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12 abril 2010

AJUDEMOS A CAROLINA

Por br



A Carolina sofre de uma leucemia mielóide aguda. Os médicos acreditam que um transplante a pode salvar. Precisamos da ajuda de todos para encontrar um dador de medula óssea compatível.

Bastam dois pequenos tubos de sangue para te registares como dador de medula óssea. Se fores compatível, podes salvar uma vida!!!

Dia 14 de Abril, na Escola Secundária de S. Pedro. Aparece!



Retirado de facebook.com

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07 outubro 2008

Metadona para tratamentos traficada em Vila Real

Por Orlando RusNuza

JOSÉ ANTÓNIO CARDOSO e ANA BELA FERREIRA - dn.sapo.pt

Droga. A metadona é utilizada pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência nos programas de desintoxicação, mas em Vila Real alguns dos doentes em tratamento preferem vendê-la nas ruas a 15 euros cada 60 mg. Uma situação que não é novidade, mas que João Goulão garante estar controlada

Consumo é combinado com heroína e cocaína

A metadona está a ser traficada em grande escala na cidade de Vila Real. O alerta foi dado pelo deputado da CDU, José Caldeira, na última reunião da assembleia municipal. A substância traficada é entregue pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) a algumas das pessoas que estão em tratamento.

Quem desconhece o caso é o presidente do IDT, João Goulão. No entanto, o responsável revela que estas situações são frequentes, desvalorizando o sucedido. "Temos notícia de que em alguns pontos a metadona é traficada, mas não em larga escala", explica. Também o enfermeiro Armindo Guerra, director do Centro de Respostas Integradas (CRI) de Vila Real, que abrange os anteriores CAT (Centro de Atendimento a Toxicodependentes) não só de Vila Real mas de Chaves e Alijó, afirmou não ter conhecimento da situação.

Mas foi sem qualquer dificuldade que o DN descobriu dezenas de frascos contendo metadona na posse de alguém que a vende em todo o concelho e com maior incidência na cidade de Vila Real, junto da zona do "Pioledo", local onde durante o dia se juntam consumidores e traficantes. A sua origem foi também fácil de determinar, dado que junto aos frascos estavam os invólucros em que foram transportados, com um carimbo em que se lê: "Ministério da Saúde, Delegação Regional do Norte, Instituto da Droga e Toxicodependência - CRI Vila Real".

Então como chega a metadona fornecida pelo CRI de Vila Real às ruas? Ao fim-de-semana e feriados, o CAT está fechado por isso "é-nos fornecida a metadona para esses dias". A resposta é dada ao DN por um dos inscritos há vários anos no ex-CAT de Vila Real e que pode levantar semanalmente sete frascos para "tratamento", porque tem emprego.

"São esses frascos que muitos como eu introduzem no mercado onde o preço oscila entre os 6 e os 15 euros cada 60 mg", conta. "A metadona tem muita procura, pois dá uma pedrada maior e diferente e é consumida juntamente com a heroína e a cocaína, dado que o preço é idêntico", acrescenta. O vendedor de metadona sublinha que nesta venda "é tudo lucro, pois não pagamos nada por ela e podemos arrecadar todo o dinheiro". Este admite ainda não estar só no negócio.

O director do CRI de Vila Real lamenta a situação mas frisa que a responsabilidade do centro se limita aos tratamentos que dispensa aos doentes. "A partir daí o que eles fazem lá fora é com eles, nós não temos aquela visão patriarcal de lidar com todas as situações", esclarece. "Agimos de boa-fé, temos regras e tentamos que elas sejam cumpridas", conclui o enfermeiro.

Por sua vez, João Goulão reforça que estas são "situações muito pontuais e de pequena escala". Até porque "só levam metadona para casa os doentes estabilizados e com quem temos uma relação de confiança, o que reduz as hipóteses de tráfico", defende o responsável do IDT.

O CRI, que integra actualmente os antigos CAT de Vila Real, Chaves e Régua, tem cerca de três mil pessoas de ambos os sexos em tratamento de desintoxicação, 30 dos quais a frequentar o tratamento à base de metadona.

in http://dn.sapo.pt/2008/10/06/sociedade/metadona_para_tratamentos_traficada_.html

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11 maio 2008

Manifestação em defesa da Casa do Douro

Por br

Com a devida vénia à DouroTV

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07 março 2008

SAÚDE em Portugal - Como não é a digníssima Mãe deles que precisa do serviço de urgências hospitalares...Parte VI

Por br

Por gotaelbr

(Imagem original daqui)
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Do Portugal-Douro-Peso da Régua:
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SAÚDE EM PORTUGAL
- Não custa perguntar: Trocaram o Ministro!... Será que já melhorou o atendimento à população nas "emergências" de Vila Real ?...
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Continuam uma porcaria e sem tendência de melhora, para não falar palavrão! O atendimento é péssimo, a desmotivação e o quase desinteresse dos funcionários é generalizada. Dia 04 de Março/08, familiares na Régua da Mãe que não é a Mãe do sr. Sócrates nem da ministra da saúde, tiveram de voltar a chamar a ambulância pois a Mãe que não é a Mãe do sr. Sócrates nem da ministra da saúde apresentava sintomas de falta de ar...Foi na tal ambulância para a vizinha (+ ou - 25 Kms.) Vila Real onde ficou no atendimento emergencial do hospital das 12 até às 19 horas, mais uma vez no tal corredor, na maca, suja de vômitos, com fezes e urina por todo o corpo (tem de usar fralda devido ao seu estado físico) e sem ninguém que lhe desse cuidados de higiene ou a alimentasse. Só após os Familiares que a acompanharam se aperceberem de seu estado e reclamarem com veemência é que se dignaram providenciar cuidados de higiene. E a imprensa pouco fala ou denuncia. É mais interessante bajular o poder, falar de futebol e de apitos dourados, acreditar em comunicados demagógicos, justificativas de Pinóquio e promessas que nunca se concretizam enquanto o povo sofre e morre por falta de assistência médica adequada num sistema de saúde ultrapassado, despreparado, pseudo reformado e arrasado. UMA VERGONHA de terceiro mundo... E ainda vem para a imprensa, um senhor de nome Carlos Vaz que se diz presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro salientar "a capacidade instalada no Centro Hospitalar, negando problemas na área da urgência resultantes do encerramento da urgência do hospital da Régua e do atendimento nocturno dos SAP de Alijó, Murça e Vila Pouca de Aguiar"(Noticias RTP)...
É preciso ter muita "lata" !
J. L. Gabão - 06/03/08.
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Post's anteriores relativos ao assunto:
  • SAÚDE em Portugal - Como não é a digníssima Mãe deles que precisa do serviço de urgências hospitalares... - Parte 1 !
  • SAÚDE em Portugal - Como não é a digníssima Mãe deles que precisa do serviço de urgências hospitalares... - Parte 2 !
  • SAÚDE em Portugal - Como não é a digníssima Mãe deles que precisa do serviço de urgências hospitalares... - Parte 3 !
  • SAÚDE em Portugal - Como não é a digníssima Mãe deles que precisa do serviço de urgências hospitalares... - Parte 4 !
  • SAÚDE em Portugal - Morreu Manuel Pinto, o idoso que o Hospital de Vila Real mandou para casa NU !...- Parte 5 !

© Jaime Luis Gabão - ForEver PEMBA/Portal Portugal-Douro-Peso da Régua para o barcorabelo.net.

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21 junho 2007

Câmara de Vila Real apresenta cinco percursos pedestres

Por br

A Câmara de Vila Real apresentou hoje cinco percursos pedestres, que levam à descoberta do concelho num total de 32 quilómetros, divulgando o património arquitectónico e sensibilizando a população para a preservação do meio ambiente.

Com passagem pelo Santuário de Panóias, o Fojo do Lobo, as Minas de Vila Cova, igrejas, espigueiros, cortes de gado ou casas tradicionais em granito, os percursos pretendem, segundo o vice-presidente da autarquia, Domingos Madeira Pinto, «valorizar» o património de Vila Real.

O autarca referiu que o projecto «visa dotar o concelho de um conjunto de infra-estruturas públicas de apoio ao turismo na natureza, proporcionando aos turistas, visitantes e população local o usufruto equilibrado do seu património ambiental e paisagístico».

«O objectivo é levar os turistas e a população da cidade de Vila Real aos meios rurais do concelho», acrescentou.

Madeira Pinto referiu que as juntas de freguesia por onde passam os percursos vão disponibilizar os roteiros e mapas.

Os percursos definidos neste projecto, que contou com um investimento de 25 mil euros financiados em 60% pelo programa Leader, têm uma extensão variável entre os três e os 12 quilómetros.

Foram colocadas ao longo dos percursos 50 placas de sinalização.

O circuito das «Três Aldeias» engloba a passagem pelas aldeias de Vila Meã, Linhares e Águas Santas, marcadamente rurais e com uma arquitectura tradicional, onde podem ser observados os espigueiros, as eiras, cortes de gado e algumas espécies da fauna como a águia-de-asa-redonda ou o lagarto d´água.

Com passagem pelo santuário pré-histórico de Panóias, o circuito de «Constantim» leva ainda os visitantes às igrejas matrizes de Constantim e de Assento, atravessando uma mancha de pinhal que acolhe várias espécies de aves de rapina.

O circuito do «Carvalhal» é marcado pela vegetação «exuberante» onde podem ser observados carvalhos e castanheiros, amieiros e onde vivem espécies como o gato-bravo, o javali, a coruja-do-mato e uma imensidão de borboletas.

As instalações abandonadas das minas de Vila Cova, as cristas de quartzito, casas tradicionais em granito ou a sepultura antropomórfica são alguns dos pontos que podem ser observados no circuito do «Mineiro».

Por fim, em Samardã, onde a paisagem é caracteristicamente de montanha e dominam os matos de altitude, pode ser visitado o Fojo do Lobo num circuito dedicado essencialmente à fauna local.

Diário Digital / Lusa
21-06-2007 13:03:58

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02 maio 2007

Barreiro-Ermelo

Por br

29 abril 2007

Ai se as borboletas emigrassem!

Por br

«Os 800 metros de estrada entre Barreiro e Lamas de Olo, no Parque Natural do Alvão, não podem ser alcatroados por causa de uma espécie rara de borboletas que se encontra protegida ainda não sei bem por quem, e que tem ali o seu habitat. As populações destas aldeias desesperam com a volta que os automóveis têm de dar para ir de uma povoação a outra. A história tem anos. Quem convence as borboletas a emigrarem para a OTA?»

por Francisco Gouveia, Engº
gouveiafrancisco@hotmail.com

Com a devida vénia, do Notícias do Douro

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17 abril 2007

Borboleta azul impede ligação a aldeia de Mondim

Por br


A velhinha Renault 4L do taxista de Vila Real é dos raros veículos capazes de se fazerem a tal caminho


de Ermelinda Osório & Artur Machado - JN

Uma espécie rara de borboletas ("Macolinea Alcon") poderá impedir a conclusão de uma estrada, à qual faltam apenas 800 metros, para ligar as aldeias de Barreiro, em Ermelo, Mondim de Basto, e Lamas d'Ôlo, em Vila Real. O asfalto acaba em pleno Parque Natural do Alvão (PNAL), na exacta fronteira entre os dois municípios, desde 2001.

Em causa estão o preço elevado da obra, orçada pela Autarquia vila-realense em 350 mil euros, e também uma possível alteração do traçado.

Henrique Pereira, director do PNAL, disse ao JN "O parque esteve sempre disponível para encontrar uma solução. Mas é preciso que nos apresentem um traçado que implique o mínimo impacto possível". Aquele responsável lembra que "existem naquela zona várias espécies, algumas protegidas", citando "lobos, javalis, lagartos de água, morcegos, e principalmente a Macolinea, mais conhecida como borboleta azul, que só existe em meia dúzia de lameiros no nosso país".

Para passar entre as duas aldeias, "só de tractor ou a pé", ou então na velhinha Renault 4 L de Marcelino Pires Moreira, comprada propositadamente para o efeito. O taxista de Vila Real sublinha "Assim, é preciso fazer um desvio de 28 quilómetros, por Anta, Pioledo, Cavernelhe Verzigueto, quase até ao cruzamento de Fervença e subir a Barreiro".

A justificação apresentada, desde sempre, pela Câmara de Vila Real prende-se com "os custos elevados". Comenta Maria da Conceição Leal "Dizem que é necessário construir uma ponte de 40 metros sobre o rio Ôlo, mas isso parece-nos um exagero". A professora pensa que "talvez em Vila Real considerem que nós somos de Mondim, mas somos todos portugueses", refere.

Joaquim Gomes também é professor, natural de Barreiro e vive em Vila Real. "No ano passado, estive colocado na Escola de Barreiro. Em vez de ir à volta, deixava o carro em Lamas d'Ôlo, e ia a pé", contou.

O dono do único café de Barreiro, Manuel Augusto, já pensa fechar "Mesmo os poucos turistas passam ao lado. O negócio já não dá para as despesas", disse.

O presidente da Câmara de Vila Real, Manuel Martins, diz que vai "tentar candidatar a obra a fundos comunitários ou a um contrato-programa com o Governo". Remata " Até lá, os moradores de Mondim de Basto têm de compreender que há outras prioridades, porque, para nós, em primeiro lugar têm de estar os moradores de Vila Real".

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16 abril 2007

Bombeiros pedem 800 metros de via

Por br

Barreiro a Lamas de Olo
Mondim de Basto

in Diário de Trás-os-Montes

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mondim de Basto, «em nome dos doentes que transporta todos os dias», enviou uma carta à Câmara Municipal de Vila Real reclamando a conclusão de 800 metros de estrada da ligação entre Barreiro, freguesia de Mondim de Basto, a Lamas de Olo (Vila Real).

Sem aquele acesso, as ambulâncias são obrigadas a percorrer um trajecto esburacado, que mais se assemelha a um percurso todo-o-terreno.

Esta posição surge na sequência de uma petição, que já conta com 300 assinaturas, da responsabilidade de um grupo de cidadãos, Junta de Freguesia de Ermelo e outras entidades.

O ducumento já foi enviado ao presidente da República, Governo e Assembleia da República. Na missiva, enviada à Autarquia de Vila Real, os contestatários pedem "compreensão ao presidente da Autarquia para a conclusão das obras".

Almeida Cardoso in JN, 2006-06-14

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15 abril 2007

Andar 12 quilómetros em vez de 800 metros

Por br

Aldeia do Barreiro, em Ermelo
Mondim de Basto

in Diário de Trás-os-Montes

Há dois anos que os moradores da aldeia do Barreiro, em Ermelo, Mondim de Basto, são obrigados a percorrer 12 quilómetros porque falta concluir 800 metros na estrada que liga aquele concelho a Vila Real.

Do lado de Mondim, as obras estão feitas e o presidente da Câmara, Pinto de Moura, diz que já fez o que lhe cumpria. Em Vila Real, porém, as palavras não são animadoras, dado que Manuel Martins, presidente da autarquia, alega falta de verba para acabar a parte da estrada que lhe cabe.

Barreiro é uma localidade com cerca de 40 pessoas, encravada na serra do Alvão.

Os habitantes não se conformam com a "sina" de ter de andar 12 quilómetros "entre curvas e mais curvas", quando, poupando 20 minutos, chegariam facilmente a Vila Real se a via de ligação estivesse pronta. Por ora, têm de se conformar com uma estrada em terra batida e esburacada que, ao chegar à fronteira com Vila Real, exibe um aviso só é permitido trânsito de autocarros e de residentes.

O presidente da Câmara, Pinto de Moura, afirma que Mondim de Basto "concluiu há cerca de dois anos parte da estrada, colocando betuminoso até ao limite do concelho", defendendo que a via em causa interessa aos dois concelhos.

Manuel Martins, autarca de Vila Real, reconhece que há interesse em terminar o troço em falta, mas alega falta de dinheiro. "Além da estrada é preciso construir uma ponte. Não temos os 400 mil euros necessários. Temos outras prioridades no concelho", concluiu.

Almeida Cardoso in JN, 2006-04-20

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11 janeiro 2007

Live in Trás-os-Montes e Alto Douro

Por br

Live in Trás-os-Montes e Alto Douro

Vila Real foi eleita pela revista «Única» como uma das melhores cidades portuguesas para viver

A cidade de Vila Real conseguiu obter o sétimo lugar num ranking de um concurso que teve por base vinte critérios, elaborados por geógrafos, arquitectos e urbanistas e que avaliaram as melhores cidades em 2007. A capital do Distrito só foi ultrapassada pelas cidade de Lisboa, Guimarães, Évora, Porto, Aveiro, Coimbra, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada.

No ranking listado constam, também, outras cidades de Trás-os-Montes e Alto Douro, como é o caso de Mirandela e Bragança (ocupam o 28.º lugar), Chaves (ocupa o 29.º lugar) e Lamego (ocupa o 33.º lugar).
A eleição de Vila Real como uma das sete melhores cidades para viver foi uma notícia muito bem recebido no seio da autarquia vilarealense. Na opinião de Manuel Martins, Presidente do Município, a qualidade de vida que a cidade oferece e que a Revista «Única» esplanou, através do estudo revelado na última edição, poderá vir a ter reflexos bastante positivos ao nível do Turismo e potenciar a fixação de novos quadros técnicos, dada a atracção da Região. Vila Real foi, assim, considerada a sétima melhor cidade para viver em 2007, ao nível nacional, sendo que ocupa o primeiro lugar, se tivermos em conta o território de Trás-os-Montes e Alto Douro.

21 dezembro 2006

O Natal, há mais de cem anos, em Trás-os-Montes

Por br

Ecos ancestrais de uma vivência natalícia
Data: 2006-12-21

Molhos de vides para a lareira, bacalhau, açúcar, travessas de aletria, arroz, café e trigo. Era o presente dos ricos, para as famílias mais pobres, nos Natais longínquos de finais do séc. XIX, em Vila Real e em toda a região transmontana. O fumo mais abundante, saído das chaminés das casas mais abastadas, era sinal típico da quadra natalícia, significando que havia mais gente, em casa.

“As panelas fervem com a sopa e o bacalhau e os tachos de cobre com o arroz doce”, assim definia Elísio Neves o bulício das cozinhas, naquela época, na sua “ficha”, no “Natal há cem anos”, em Vila Real. Documento que retrata, fielmente, a vivência ancestral natalícia.
“Nas mesas dos mais ricos e sobre toalhas de linho, havia vinho, aperitivos, frutas secas, comida importada, como carnes, doces, queijos, e frutos exóticos”.
Memórias que o tempo foi esboroando, e que, hoje, apenas são relíquias de uma era que se recorda, com alguma nostalgia.

Atenção aos pobres e aos presos e a vertente religiosa

Conta Elísio Neves que “um dos primeiros sintomas da chegada do Natal, a Vila Real, era o aumento do número de pessoas, a pedir, nas ruas” e “esboçavam-se movimentos diversos, para assegurar melhores consoadas à pobreza, nomeadamente à pobreza envergonhada (hoje, em franca ascensão), aos internados nos asilos, aos presos e outros excluídos da sociedade da época”.
Dos beneméritos, distinguia-se Joaquim Vitorino Oliveira que dividia o seu tempo entre Portugal e o Brasil e que era proprietário do “chalet” da Rua Dr. Augusto Rua, onde está instalado, actualmente, o Arquivo Municipal. Distribuía, nesse tempo, duzentas esmolas. O Clero também não se mostrava indiferente à sensibilidade da quadra e dois sacerdotes do Colégio de Nossa Senhora do Rosário, em 1900, deram doze castanhas a cada preso da cadeia de Vila Real.
Curioso é que, já nesta época, a Lotaria do Natal provocava ansiedade, entre aqueles que “jogavam”. Para ajudar à festa, as férias judiciais eram marcadas de 24 de Dezembro a 6 de Janeiro.
“As dificuldades dos Correios em assegurar um serviço eficiente, para responder ao aumento de tráfego postal próprio da época, eram evidentes, tantas as lembranças”.
A vida religiosa assumia uma vertente importante e evocativa da época.
“As festas de Natal começavam com a novena em honra do Menino Jesus, a qual se realizava na Igreja de S. Domingos. Aqui, havia um bonito presépio, como era o do Convento de Santa Clara. A quadra tinha um momento particular: as freiras que viviam em regime de clausura mantinham contactos “brevíssimos” com a população, através da sua participação em cânticos que acompanhavam com pandeiretas, ferrinhos e castanhetas. A Missa do Galo era celebrada na Igreja de São Domingos e na Capela Nova, na altura conhecida como Igreja dos Clérigos, com importante acompanhamento coral e instrumental. As festividades alusivas à quadra prolongavam-se até ao dia 1 de Janeiro, na Igreja do Convento de Santa Clara, ricamente ornamentada, para a celebração do mistério da Circuncisão do Redentor, com Missa Solene e Sermão, com acompanhamento musical do órgão e do Coro das Freiras.

Adaptação comercial ao espírito solidário da época

Até os políticos, na altura, aproveitavam para enviar os seus “recados”, através das Janeiras. Elísio Neves abordou, ao Nosso Jornal, alguns elementos constantes da “Ficha do Museu de Vila Real” da Tertúlia “História ao Café” e fez algumas breves comparações com o Natal vila-realense actual.
“Há realidades novas. Nesta cidade, com estas iluminações e sons de Natal, é tudo completamente novo, em relação ao que se passava, há cem anos. O Pai Natal é uma realidade muito recente. Há cem anos, não havia Pai Natal. Mas há, ainda, elementos que se mantêm, infelizmente, como as pessoas a pedir nas ruas. Na mesa, as pessoas mais abastadas, à semelhança daquelas famílias ricas que havia, há cem anos, existem, na mesma. E ainda existem muitas consoadas com dificuldades. São algumas afinidades tristes. Já não temos, entretanto, as situações das cadeias, onde, hoje, se procura proporcionar uma situação diferente. Há cem anos, era um dos poucos momentos em que os presos viviam com um pouco mais de alegria e desafogo”.
Elísio Neves salientou outras “nuances” que fazem a diferença dos Natais de outras eras, em relação aos de agora: “Uma coisa que se nota é o movimento comercial, já muito dirigido a esta quadra. Digamos que é, cada vez mais, reduzida, circunscrita, digamos assim, a estes dias principais do mês de Dezembro. Em relação há cem anos, há mais Natal. Há mais alegria, as pessoas vivem melhor. Há cem anos, havia muitas dificuldades”.

O Pai Natal, o Menino Jesus, a gastronomia e os Cantares de Reis

Vieram à baila as figuras do Pai Natal e do Menino Jesus.
“Agora, há o Pai Natal que não existia, há cem anos. E há menos Menino Jesus. Isto acontece pelo envolvimento comercial, na quadra natalícia. O Pai Natal (ao que creio, foi uma figura inventada pela Coca-Cola) suplantou o Menino Jesus. Surge mais integrada numa iniciativa comercial multinacional”.
A gastronomia é o elemento que se mantém mais próximo de há cem anos.
“Continuamos a privilegiar o bacalhau, o polvo, e, mais recentemente, o peru, assim como o bolo-rei que não é uma realidade tão antiga, como os demais costumes, de há cem anos. E, depois, as prendas de Natal que acabaram por dar maior animação comercial às cidades, sem a qual não sobreviveria. Numa cidade como Vila Real, e sabendo-se dos problemas conjunturais na economia, esta quadra é fundamental” - acrescentou Elísio Neves.
No entanto, presentes sempre os houve. Se, antes, era o Menino Jesus que os trazia, hoje é o Pai Natal quem os traz. Havia mais presépios, em Vila Real, há cem anos.
“Nessa altura, dominavam as nossas igrejas e, em Vila Real, os presépios de S. Domingos e Santa Clara eram muito apelativos. Presentemente, não temos presépios suficientemente representativos, nas nossas igrejas. Lembro-me, há cinquenta anos, o Padre Henrique Maria dos Santos organizar presépios humanizados, integrando neles ciganos, numas cabanas que eram montadas no exterior da Igreja de S. Domingos e que eram muito bonitos”.
Por fim, este investigador e etnólogo lembrou uma iniciativa da autarquia e que se enquadra nesta quadra e que, há cem anos, já existia.
“Os Reis, em particular, em Vila Real, por iniciativa da Câmara Municipal, já com mais de dez edições. Os Cantares dos Reis são um evento importante, no próprio calendário da animação da cidade”.

José Manuel Cardoso in a Voz de Trás-os-Montes

14 dezembro 2006

Casa de Mateus poderá ser uma das “Sete Maravilhas de Portugal”

Por br

Resultados serão divulgados em 07-07-2007
Data: 2006-12-14

Depois de uma pré-selecção que já filtrou 21 monumentos nacionais, a Casa de Mateus foi escolhida para fazer parte da lista das maravilhas arquitectónicas, arqueológicas ou religiosas existentes em Portugal, as quais estão, agora, à mercê da votação dos portugueses. No final, serão escolhidas as “Sete Maravilhas de Portugal”, uma iniciativa que está a decorrer, em simultâneo, com a eleição das “Novas Sete Maravilhas do Mundo.

Teve início, no dia 7, a votação “on-line” que vai ditar quais as “Sete Maravilhas de Portugal”, sendo de realçar que o único monumento a representar a região transmontana é a Casa de Mateus, situada em Vila Real.
Construída durante a primeira metade do século XVIII, a Casa da Mateus é já considerada um dos símbolos de Vila Real. No entanto, vê, agora, o seu valor histórico e arquitectónico reconhecido, com a sua escolha, para integrar a lista de 21 monumentos que se encontram em votação.
“É um reconhecimento nacional à Casa de Mateus”, sublinhou Fernando de Albuquerque, Director Delegado da Fundação da Casa de Mateus, monumento que recebe, anualmente, cerca de 60 mil visitantes.
Apesar de não se mostrar “surpreendido” pelo reconhecimento nacional, Fernando de Albuquerque mostrou-se satisfeito, mostrando a esperança de que seja “uma mais-valia, para a sua divulgação”.
Segundo o mesmo responsável, “apesar de receber cerca de 60 mil visitantes, por ano, e de ser conhecida, mundialmente, a Casa de Mateus é pouco visitada pela população local”, sendo de realçar, apenas, a visita de alunos, contando entre seis e sete mil estudantes de escolas da região transmontana.
Construída por António José Botelho Mourão (1688-1746), 3.º Morgado de Mateus, tendo a capela sido terminada pelo seu filho, D. Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1798), a Casa de Mateus, teve, em 1970, um ponto alto na sua história, com a instituição da Fundação da Casa de Mateus que tem por fins estatutários a preservação da casa, o estudo do seu arquivo e a promoção de actividades culturais, científicas e pedagógicas.
“Actualmente, concilia-se uma vasta actividade cultural à actividade agrícola”, referiu Fernando de Albuquerque.
Para conhecer o Palácio de Mateus, é necessário pagar um bilhete de quatro euros para visitar, apenas, o jardim, e de sete euros, caso os visitantes queiram visitar, também, o interior do Solar.
Os castelos de Almourol, Guimarães, Marvão e Óbidos, o Convento de Cristo, a Basílica de Mafra, a Fortaleza de Sagres, o Mosteiro de Alcobaça, o Palácio Nacional da Pena, o Templo de Diana e as Ruínas de Conímbriga são alguns dos 21 finalistas, “adversários” do Palácio de Mateus, na corrida ao título de uma das Sete Maravilhas de Portugal.
Antes de chegar aos 21 candidatos, o processo de escolha começou com um grupo de 793 monumentos portugueses. Desses, um conjunto de sete peritos seleccionou 77. O passo seguinte coube a um “Conselho de Notáveis”, composto por representantes de vários quadrantes sociais, arquitectos, historiadores, políticos, actores, engenheiros, empresários, jornalistas, economistas, psicólogos e professores, entre muitos outros, que escolheram os 21 finalistas.
As “Sete Maravilhas de Portugal” serão apresentadas, no dia 7 de Julho de 2007. Para votar, basta aceder ao “site” www.7maravilhas.pt ou em www.new7wonders.com, onde cada pessoa poderá votar em sete monumentos.

A Voz de Trás-os-Montes - Maria Meireles





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